sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A monogamia do coração

A Débora mora em Caxias do Sul e tem um noivo que mora em Porto Alegre. De vez em quando, a saudade bate e a Débora fica com outros rapazes - bem na cara dura -mas ela nunca chega a fazer sexo com eles, porque acredita que o sexo sim é um traição (mas ficar com os meninos, não).

A Rêh não entende a como a Débora é incapaz de terminar o noivado! Por que continuar um relacionamento que é à base de traições?

A Pâmela vive com seu namorado há dois anos. É praticamente uma vida de casado, mas informal - o popular "juntar". Enfim, de vez em quando a Pâmela sai com outros caras, depois do trabalho, só para variar...

A Rêh não entende como a Pâmela consegue dormir com duas pessoas diferentes numa mesma noite – ainda mais quando se acorda ao lado do corno – sem ter o mínimo de arrependimento.

Até que chegou o dia em que a Rêh entendeu tudo.

Elas não fazem esse tipo de coisa para magoar seus devidos "pares", mas é que, às vezes, o corpo fala mais alto e, se em casa as coisas não vão muito bem, as pessoas tendem a procurar o que falta em outros. Mas, nem por isso elas querem acabar o relacionamento, é só uma fase que deve ser superada.

Teve um dia em que a Rêh acreditou na monogamia, na fidelidade e naquela besteira de “felizes para sempre”. Até que ela se viu pega pela própria armadilha que tanto criticava...

Ela gostava muito de um menino, mas a falta de comunicação fez com que eles se confundissem e agissem da pior maneira possível: se ignorando. Assim como a Débora, assim como a Pâmela, ela sentiu que deveria se dar uma chance de ficar bem, apesar de tudo.

A Rêh não entendia como ela mesma pôde beijar uma pessoa, mesmo gostando de outro. Mas hoje ela entende.

O ser humano, por si só, não pratica a monogamia. O corpo quer a poligamia, quer diversos prazeres e com diversas pessoas! Faz parte de ser carne ser fraca.

O corpo não quer saber de quem é a mão ou de quem são os lábios, ele só quer que estes estejam ali, próximos, tocando-o.

Já o coração não. Coração é só de um e ele não quer apenas o toque, apenas o beijo, ele quer de fato uma pessoa por completo. Uma pessoa que só ele sabe quem é e que grita o seu nome, o tempo inteiro!

Ou seja, por mais que a Débora, que a Pâmela e que a Rêh tentem encontrar o que lhes falta em outras pessoas, nem sempre elas encontram, porque o corpo pode ser de vários... Mas o coração é só de um...

E o coração da Rêh ainda é daquele menino, mesmo com tantas confusões; mesmo com tudo dando errado; mesmo com toda a timidez; mesmo sabendo que ele a esqueceu; porque ela gosta dele por tudo que ele é e, principalmente, por tudo o que ele foi.

Quer ter várias pessoas ao mesmo tempo? Ótimo! Tente ser, realmente, feliz dessa maneira.

Mas não adianta: por mais pessoas que se tenha, ainda vamos ser capazes de olhar para o fundo de nossas almas e pensar em uma pessoa só, e vai ser bem aquele/aquela a quem não possuímos.


E eu estou pensando no que Sarah disse: que amar é ver alguém morrer.

Então, quem vai me ver morrer? Quem vai te ver morrer?

12 comentários:

Ful disse...

Concordo e discordo ao mesmo tempo.

Concordo porque acredito que tudo isso que tu falaste acontece mesmo e discordo porque não acontece comigo.
Digo, meu boneco é meu boneco, e eu tenho quase seis meses completos de fidelidade à ele e não me arrependo por nada. E vice-versa, óbvio.

Bom texto dona Renata :D

Lady Baginski disse...

Bom texto dona Rêh...

Eu diria que realmente, é possível de algo assim acontecer (experiência própria... no comments)...

Não se preocupe com conceitos ou com princípios, não vão se importar com os seus...

Quisera eu ter a possibilidade de manter meus princípios... Não pude... De certa forma, o mundo é cruel quanto a isso...

Sobre coração, nem sempre ele é de uma pessoa só... Argumentos infinitos para lhe provar isso... Pergunte ao seu amigo, e pergunte a mim mesma... Somos incompreensíveis?

Na verdade não somos nada...

Eu não sei mais o que pensar...

rêh? disse...

agradeço os elogios.

e prometo não postar mais meus textos tristes ^^

Lady Baginski disse...

não se estresse...

até eu aderi aos textos sentimental-tristes...

é normal isso, mas, acredito que, mais que tristes, seus textos são pensamentos, não necessariamente tristeza pura e nem auto-ajuda.

=D

Unknown disse...

ksopakpsokapoksopa

okgo

mas me diga, que que deu que tu não me aparece mais no 58?

Lady Baginski disse...

tipo...

sono?
desilusões em série...
crises de existência...
a sensação horrível de perder coisas que na verdade nunca te pertenceram...
sei lá...

deixa quéto...

Anônimo disse...

Renata poeta!
Ve se para de escreve pra aquele emo idiota!
kkkkkkkkk
Biijo

rêh? disse...

aos desinformados:

ouçam "what sarah said", do death cab for cutie e os versos finais farão sentido ^ ^

Lady Baginski disse...

oiq?

O.o

rêh? disse...

Lady Baginski disse...
oiq? O.o

- - - - -

qual é a tua dúvida, fia?

rêh? disse...

Lady Baginski disse...
oiq? O.o

- - - - -

qual é a tua dúvida, fia?

Séfora disse...

Ainda sou do tipo que acredita em fidelidade e pra sempres...
Devolvendo as visitas e aproveitando pra dizer que gostei muito do blog. Valeu por favoritar aê
:D