quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CONVITE

BEM, ISSO QUE APRESENTO AQUI ESTA NO MEU LIVRO, NA PARTE SOBRE A AUTORA, E ME DEU MUITO MAIS VONTADE DE LER O LIVRO QUE A MINHA PROPRIA SINOPSE, ENTÃO, AQUI FICA UM CONVITE, PARA QUANDO TIVER A OBRA EM MÃOS, E PROMETO QUE COLOCO AQUI O LINK PRA OBRA DIGITAL NO SITE DA EDITORA *-*


É realmente complicado falar da figura ímpar que é Cibele Baginski, por motivos de antítese de personalidade que nos acometem. O que eu quero dizer é que realmente somos muito diferentes, eu no meu mundo atado com laço de seda e ela sempre uma bom pronta pra explodir. E explode. E causa efeitos colaterais. E sabe disso.
Conheci Cibele, a Ruiva, no primeiro semestre do curso de direito. Ela vestia uma calça jeans, um all star rasgado e uma camiseta de alguma banda de metal sinfônico. E tinha um casaco do Blin Guardian. Contudo, nada disso me chamou realmente atenção, à exceção do ar extremo de ‘estou me isolando e estou gostando’ que ela sustentava no semblante.
Cibells, que é como eu a chamo, acompanha minha vida de camarote há quase dois anos, da mesma forma que me proporciona infindáveis conversas sobre as teorias da vida sentada na grama da faculdade. Cibells não gosta quando não a escutam, necessita de cento e um por cento da tua atenção. Cibells menospreza filosofias imutáveis. Cibells tem mania de me dar abraços do nada. Cibells não tem pena do seu cabelo. Cibells sempre quer tomar Coca-Cola. Cibells não é discreta. Cibells quer chamar atenção de um jeito nada óbvio, qualquer um que a conheça sabe que isso é óbvio.
Quando esse livro me chegou às mãos, eu confesso que imaginava algo bem diferente do que li. Ao leitor caberá analisar, mas digo que a parte dos contos ainda me causa arrepios de vez em quando. Arrepios de como Cibells materializa em textos sentimentos que, descritos verbalmente por ela parecem maximamente confusos, e quando postos no papel se espalham e se organizam com uma facilidade linda.

Embora tenha eu ficado responsável por escrever sobre a autora desse livro, tudo que eu sinto quando vejo Cibells é uma nostalgia enorme. Nostalgia por nós termos nos encontrado exatamente no momento em que uma precisava da outra, e por termos vivido em seis meses o que muita gente não vive em sessenta anos. De aulas inesquecíveis, dos cafés infindáveis nos intervalos estendidos por nossa conta e risco, dos almoços, do Juizado, das tardes chorando por um namoro mal sucedido, das outras tardes rindo no diretório acadêmico, de uma amizade que se construiu em cima de pequenos detalhes que nos fazem toda diferença.
Cibells é única, indiscreta, intempestiva e inevitável. Da cabeça dela, que nunca pára de funcionar, saíram as histórias que tu vais ler em seguida. Contudo, eu tive sorte: vivi muitas dessas histórias aqui relatadas junto dela.


“É que o teu cigarro queima nos dedos, e eu só te vejo.
Por vezes te vejo mas não te enxergo, por vezes te quero mas não te tenho. Por vezes tu falas e eu não escuto, mas quando tu ficas em silêncio, sou capaz de te admirar por horas.

De todas as nossas músicas,
De todos os nossos sonhos,
De todas as nossas brigas,
Dos meus cabelos lisos
Do teu crucifixo partido
Do meu excesso de bebida
Do teu colo, sempre abrigo

Nós somos duas, uma dupla eternidade.”

SINTO-ME LISONJEADA COM A AMIGA QUE ESTA CIDADE ESTRANHA ME CONCEDEU. xD